Homilia | 1º Domingo após Pentecostes | Domingo de Todos os Santos

A santidade começa com a coragem de testemunhar a fé, mesmo em um mundo que a rejeita.

Evangelho: Mateus 10, 32-38; 19, 27-30

“Todo aquele que se declarar por mim diante dos homens, também eu me declararei por ele diante do meu Pai que está nos céus.” (Mt 10,32)

Queridos irmãos e irmãs,

Depois de celebrarmos, no domingo passado, o dom do Espírito Santo em Pentecostes, a Igreja nos convida hoje a contemplar os frutos da ação do Espírito: os santos. Este domingo é chamado de Domingo de Todos os Santos — não apenas os canonizados, mas todos aqueles que viveram a fé com fidelidade e já estão na glória do céu. Eles são o resultado vivo da graça de Pentecostes.

O Evangelho de hoje nos mostra o caminho da santidade. Um caminho que não é fácil nem confortável, mas que leva à vida verdadeira.

Jesus nos diz claramente: quem o confessa diante dos homens, será por Ele reconhecido diante do Pai.

A santidade começa com essa coragem de testemunhar a fé, mesmo num mundo que muitas vezes rejeita ou ridiculariza o Evangelho.

Quantos santos foram perseguidos, rejeitados, até mortos por causa de sua fidelidade a Cristo! Ainda hoje, muitos cristãos no mundo sofrem por serem fiéis a Jesus. Confessar a fé é mais do que palavras: é viver de modo coerente, sem medo de ser cristão em casa, no trabalho, na escola, nas redes sociais.

Essa palavra de Jesus pode soar dura, mas Ele não está nos mandando desprezar nossos pais ou filhos. Ele está ensinando a ordem do amor: amar tudo e todos, mas colocar Deus em primeiro lugar.

Os santos nos mostram o que é isso. Santa Teresa d’Ávila dizia: “Quem tem a Deus, nada lhe falta. Só Deus basta.”

Quando Deus está no centro, nosso amor pelos outros também se purifica e se fortalece.

A cruz é parte do caminho cristão. Não há santidade sem cruz. Mas é a cruz abraçada por amor, não por obrigação. O Espírito Santo nos dá forças para carregar nossas cruzes diárias: renúncias, perdão, dificuldades, sofrimentos — oferecendo tudo isso a Deus.

Todos os santos carregaram suas cruzes, mas não o fizeram sozinhos: o Espírito Santo os sustentou com coragem e paz. A cruz não é o fim. É o caminho para a ressurreição.

Pedro pergunta a Jesus o que acontecerá com os que deixaram tudo por Ele. E Jesus responde com generosidade:

Nada que for deixado por amor a Deus será perdido.

Pelo contrário: o que damos, recebemos em abundância — já nesta vida, e em plenitude na eternidade.

A recompensa que Deus oferece não é apenas futura, é já presente: paz interior, sentido para a vida, alegria verdadeira, comunhão com Ele.

Queridos irmãos, neste Domingo de Todos os Santos, lembramos que a santidade não é para poucos eleitos — é para todos! Todos somos chamados a ser santos, a viver como filhos de Deus cheios do Espírito Santo.

E como?

– Confessando Jesus diante dos homens.
– Colocando Deus acima de tudo.
– Abraçando a cruz com amor.
– Vivendo na esperança da vida eterna.

Os santos são nossos exemplos e nossos intercessores. Que neste domingo, renovemos nosso desejo de viver com fé, com coragem e com amor, até que também nós sejamos contados entre os santos de Deus.

Amém.

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