
Na manhã desta quarta-feira (14), o Papa Leão XIV recebeu cerca de 5 mil participantes na Sala Paulo VI, no Vaticano, por ocasião do encerramento do Jubileu das Igrejas Orientais, o 13º evento temático do Ano Jubilar. Durante a audiência, o pontífice dirigiu uma mensagem forte em defesa da paz e da preservação das tradições orientais católicas, ao lado de importantes líderes eclesiásticos orientais.
Estiveram presentes Patriarcas, Arcebispos Maiores, Metropolitas e outros hierarcas das Igrejas Orientais Católicas, representando mais de dez países — inclusive o Brasil. Entre os participantes, destacamos a presença de Sua Beatitude Youssef Absi, Patriarca de Antioquia e de Todo o Oriente dos Greco-Melquitas Católicos, que acompanhou atentamente as palavras do Santo Padre e uniu-se à oração e celebração da unidade na diversidade da Igreja.

Durante os dois dias do Jubileu, os fiéis celebraram a Divina Liturgia em diferentes ritos — bizantino, etíope, armênio, copta e siríaco-oriental — culminando na liturgia bizantina celebrada na Basílica de São Pedro.
Ao acolher os fiéis e hierarcas orientais, Leão XIV entoou a saudação pascal tradicional: “Cristo ressuscitou. Verdadeiramente ressuscitou!”, destacando a riqueza espiritual do Oriente cristão e a importância de salvaguardar o seu patrimônio litúrgico, teológico e pastoral.
O Papa alertou para o risco de perda da identidade religiosa entre os fiéis orientais que vivem na diáspora, forçados a deixar seus países por guerras, perseguições e pobreza. Em apelo direto, pediu que os cristãos do Oriente, especialmente no Oriente Médio, perseverem em suas terras com dignidade e segurança: “É preciso garantir, com ações concretas, o direito de permanecer onde nasceram”.

Em sua fala, o Papa também reiterou seu desejo de paz, afirmando: “A guerra nunca é inevitável. Os povos querem a paz, e eu, com o coração na mão, digo aos líderes das nações: encontremo-nos, dialoguemos, negociemos!”. Ele reforçou que a Santa Sé está disposta a mediar esforços de reconciliação, em especial nas regiões marcadas por conflitos como a Terra Santa, Ucrânia, Líbano, Síria e Cáucaso.
Ao concluir, Leão XIV convidou os fiéis a se unirem em oração por sua missão e por toda a Igreja: “Rezem por mim e pela tarefa que me foi confiada. Que possamos juntos testemunhar o Evangelho da paz e manter viva a chama da esperança”.
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