Evangelho: Marcos 15,43–47; 16,1–8
Amados irmãos e irmãs em Cristo,
Hoje a Santa Igreja nos convida a contemplar a fé e o amor das portadoras de mirra, as santas mulheres que, mesmo diante da escuridão do sepulcro, foram buscar o Senhor. Com coragem, elas desafiaram o medo, a dor e a lógica humana. Quando os discípulos estavam escondidos, elas caminharam rumo ao túmulo.
Foram ao sepulcro não esperando encontrar um milagre, mas para servir com amor mesmo na morte. Iam ungir um cadáver, mas encontraram o Senhor da vida!
E ali, no sepulcro vazio, o céu se abriu.
Um jovem vestido de branco — sinal da presença divina — anuncia: “Não vos assusteis! Procurais Jesus, o Nazareno, que foi crucificado. Ele ressuscitou. Não está aqui.”
A Ressurreição foi proclamada, não pelos grandes deste mundo, mas por um anjo — e acolhida primeiro pelas mulheres. Elas tornaram-se as primeiras evangelizadoras da Ressurreição. Foram elas que levaram aos apóstolos a notícia que mudaria o mundo.
Na tradição da nossa Igreja, este domingo é dedicado à coragem e fidelidade das mulheres. Celebramos também José de Arimateia e Nicodemos, que deram ao Senhor uma sepultura digna quando tudo parecia perdido. Eles nos ensinam que a fé autêntica não teme o fracasso aparente, pois sabe que o amor é mais forte que a morte.
Irmãos e irmãs, quantas vezes nós também perguntamos como as mulheres: “Quem nos removerá a pedra da entrada do túmulo?”
Quantas pedras existem na nossa vida: o desânimo, a culpa, a tristeza, a dúvida… Mas o anjo já nos dá a resposta: “Ele ressuscitou!”
A pedra já foi removida. A morte foi vencida. A esperança ressuscitou.
Que o exemplo das santas mulheres nos inspire:
- A sermos fiéis mesmo quando tudo parece perdido.
- A servirmos ao Senhor com amor gratuito.
- A testemunharmos a Ressurreição com coragem.
Cristo ressuscitou! Verdadeiramente ressuscitou!
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